Escolhas e
renúncias fazem parte da vida de todo mundo. Decisões complicadas, que envolvem
tantos e tudo, pesam insuportavelmente. Mas é preciso secar as lágrimas,
relembrar do que somos feitos e seguir em frente.
O mundo não
acabou hoje e nem vai acabar amanhã, apesar de às vezes termos vontade de sumir
por uns tempos. O mundo não pára pra juntarmos os pedaços nos quais nos
desfazemos às vezes. O mundo continua e talvez essa seja a beleza de viver.
Esse movimento, a ideia de que jamais poderemos entrar duas vezes no mesmo rio,
porque quando pisarmos nele novamente, nem ele e nem nós seremos os mesmos.
Em alguns
momentos escorrego na antiga eu que acreditei ser por uma vida inteira, mas
levanto e vou em frente. Como eu digo, tantas coisas podem fazer com que
saiamos da nossa trilha. Às vezes por fraqueza ou por um estado de
superioridade, invadimos a trilha do outro, deixando a nossa abandonada. Julgamo-nos
melhores e mais capazes do que os que nos rodeiam e achamos que podemos
caminhar por eles. Mas hoje esse meu desvio é rápido. Foram tantos os
ensinamentos nesse ano que não há mais como eu me esquecer de mim.
Podem me julgar, me criticar ou me subestimar. Podem
desdenhar das minhas crenças ou tentar passar por cima dos meus valores, que
não vai adiantar. Construí um exército dentro de mim. Resgatei a minha
essência, agarrei-me à mim mesma e por isso nada poderá me destruir.
Olho pra trás e mesmo pensando que poderia ter feito tudo
diferente, escolho honrar minhas escolhas anteriores. Reconheço que dei o que
poderia ter dado, e nada mais. Pensei não poder seguir em frente mas eu posso! Viver
plenamente o presente, implica em olharmos para trás. Lembrarmos do que somos
feitos pra poder compreender no que nos tornamos e continuar a viver. Não
sobreviver.
Desejo á todos mudanças e conscientizações.
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