“Neste mundo há duas tragédias” disse o escritor Irlandês
Oscar Wilde. “Uma é não conseguir o que se quer e a outra é conseguir”.
O Homem mais rico do Mundo
Aos 45 anos, Howard levava umas das vidas mais glamorosas do
Estado Unidos. Cortejava atrizes, pilotava exóticos aviões de teste e
trabalhava em contratos secretos para a CIA. Era dono de uma rede de hotéis
espalhadas pelo mundo e possuía inclusive uma companhia aérea a TWA. Vinte anos
depois, aos 65 anos, Hughes ainda possuía muito dinheiro – 23 bilhões de
dólares para ser exato. Mas o homem mais rico do mundo também se tornará um dos
homens mais patéticos. Morava em cômodos pequenos e escuros no topo de um dos
seus hotéis, sem sol e sem alegria. Vivia desleixado: uma barba desgrenhada
crescerá até perto da cintura, cabelo cumprido, unhas enormes.
Esse homem passava seus dias revendo filmes. Ficava deitado
nu em sua cama, morrendo de medo dos germes. A vida já não tinha mais
significado para ele. Por fim, abatido e viciado em drogas, morreu aos 67 anos
por falta e um dispositivo médico que sua própria empresa havia ajudado
desenvolver.
Howard Hughes é um exemplo extremo da síndrome que pode os
ricos e famosos. Quantos nós vemos morrendo de overdose ou até mesmo suicídio tentando encontrar algo, prazer ou até mesmo tentando matar aquele vazio insuportável.
De forma sistemática, ele provou todos os “prazeres” da vida, no entanto, em
última análise, tudo o desapontou, tudo se mostrou inútil. “Qual é o sentido da
vida?”, perguntou ele. Você trabalha duro, e outra pessoa recebe o crédito.
Esforça-se para ser bom, e pessoas más se aproveitam da sua vontade. Acumula
dinheiro, e tudo acaba no bolso de herdeiros mimados. Busca o prazer e este se
revela insatisfatório. E todos os ricos e pobres, bons ou maus encontram o
mesmo fim. Todos nos morremos. Só há uma palavra (disse ele ) para descrever a
vida: Inútil!
Realmente, quando se tem uma vida sem Deus e sem uma crença
na vida após a morte, pode muito bem concluir a vida não te sentido. Assim diz em Mateus 16:26; “Do que adianta o
homem ganhar o mundo e perder sua alma?”.
Esta insatisfação e vazio que ficou quando Deus foi retirado
do trono do coração humano, foi imediatamente preenchido por nosso próprio
“Eu”, e este “Eu” agigantou-se tanto que ocupou totalmente o lugar que só a
Deus pertencia.
O vazio em nosso coração que poderia nos incomodar e, quem
sabe, nos empurrar a ir em busca de Algo para preenchê-lo, está totalmente
ocupado pelo nosso próprio “Eu”. E devido a este “Eu” ser insaciável na sua auto-satisfação
é que estamos constantemente em busca de coisas que possam alimentá-lo e
satisfazê-lo.
É obra da graça de Cristo gerar em nós uma insatisfação com
o nosso próprio “Eu”, motivando-nos a dar lugar a Ele. É desta maneira que
Cristo nos “vivifica”. Quando começamos a nos sentir incomodados e
insatisfeitos com a nossa atual condição, E o mais maravilhoso é que Deus
sempre completa aquilo que inicia, se não nos opusermos com insistente
resistência, é claro. “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós
começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Cristo Jesus” Fil. 1:6.
Quando Cristo inicia
o processo de salvação em nossa vida (“vivificar”) ainda continuamos totalmente
dependentes dEle, ou seja, somos semelhantes a bebês recém nascidos que choram
de fome, mas sem a mínima condição de saber ou dizer do que estão precisando,
muito menos de fazer algo para resolver sua necessidade por si mesmos. O bebê
chora e esperneia por que começa a ter consciência que algo está faltando ou
que alguma coisa lhe incomoda, mas ainda não sabe o que é, não sabe se
expressar, não tem condições de ir em busca de uma solução.
Faz parte desta maravilhosa graça de Deus, após nos
despertar para nossa real e miserável condição, continuar vindo em nossa
direção colocando em nosso coração o amor de Jesus que nos constrange.
Só assim a insatisfação e o vazio vão embora, pois não vivo
mais eu, mas Cristo vive em mim.
Que Deus te abençoe!
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