terça-feira, 31 de maio de 2011

Lidando com as perdas


Na vida, nada é eterno! Tudo é passageiro, exceto nossa alma, por isto entregue a Deus. Nos apegamos à existência material com unhas e dentes, acumulamos bens e pessoas. Não gostamos quando temos que nos separar delas. É doloroso, triste, Contudo, um dia, vamos nos separar! É inevitável! Este é um assunto que a maioria das pessoas não gostam, mesmo aquelas que dizem que "a única certeza que a gente tem da vida é a morte". Às vezes nos incomodamos com coisas aparentemente fúteis, mas que naquele momento nos são fundamentais. O ser humano briga, ofende e até mata pelo apego que tem, pelo orgulho, pelo excesso de vínculo material, pela sede de poder.
O apego é uma característica normal do ser humano. No desenvolvimento de nossa vida tentamos nos libertar, mesmo que com dificuldades, daqueles apegos que nos fazem sofrer. Seja em menor escala, como um carro roubado ou um anel de estimação desaparecido, ou em proporções maiores, como a morte de um ente querido, qualquer tipo de perda é difícil de ser aceito e superado.

E a razão pela quais perdas são tão difíceis de lidar é o fato das pessoas ligarem tudo à questão da posse. O ser humano sempre tem algum grau de prepotência. A isso se soma a sociedade capitalista e insanamente consumista em que somos formados. Nela, aprendemos que o importante é ganhar, ser ‘dono’. As perdas nos colocam de frente com a mentira que é tudo isso. Com elas, descobrimos que, na verdade, não somos donos de nada. E isso incomoda bastante. Se a maior causa relacionada à perda é a necessidade de posse, para que seja possível superá-la, é importante compreender que, na verdade, as pessoas não são donas de coisa alguma. Nada, nesta realidade é para sempre. Contudo, se soubermos zelar cuidadosamente pelas coisas, pelos cargos, pelos sentimentos, pelas relações que temos, eles poderão durar o tempo de nossa existência. Este é o segredo: ao invés de ser ‘dono’, devemos ser ‘zeladores’. Quem zela não ‘possui’, cuida. “E quem não possui, não perde”, todo apoio é importante para ajudar alguém a superar perdas. Mas, é preciso aceitar a vontade de Deus. Mais do que ajudar, devemos ser apoio, acolhendo com compaixão e respeito àquele que sofre. Não bastassem as implicações que, no geral, as perdas trazem, é comum a presença de elementos que podem agravar a situação. “Quase sempre, em uma perda, a pessoa se julga culpada pelo que aconteceu. É preciso trabalhar este sentimento, pois ele é bastante devastador, podendo levar ao adoecimento. Peça o conforto de Deus.
As fases que freqüentemente vivencia-se após uma perda são: primeira, entorpecimento; é o momento do choque, ocorre uma espécie de torpor, e há uma descrença e uma negação da perda ocorrida. Segunda, anseio e protesto; há a tentativa de recuperação do que fora perdido. Nessa fase, destacam-se os sentimentos de inquietação e de raiva. Terceira, o desespero. Ocorre o reconhecimento da perda e a imutabilidade desta. A pessoa fica desmotivada, apática, e com sinais expressivos de depressão. Quarta fase: recuperação e restituição. A tristeza profunda se mescla com os sentimentos mais positivos, ocorrendo tolerância e aceitação dos fatos.
Tudo na vida acontece em ciclos: nós começamos, nos envolvemos e terminamos. Alguém partiu, chegou o momento de começar uma nova vida. Aprenda a dizer adeus e esteja aberta a novas experiências. Aceite isso, você se sentirá muito melhor, pode apostar!


Deus é o consolador, peça refrigério em sua alma e forças para continuar em frente.

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